É possível pensar que existe alguém nesse mundo que não seja criativo ou que não tenha tido uma única vez uma atitude criativa na sua vida?
Trago essa reflexão pois recentemente recebi um elogio por ser uma pessoa criativa e a pessoa ressaltou a sua falta de criatividade. Na mesma hora questionei o comentário, mas a pessoa se manteve firme na sua afirmação e avaliação sobre si.
Penso que querendo ou não a vida nos exige uma dose de criatividade para viver, seja nas atividades corriqueiras como nas atividades mais inusitadas que surgem na nossa vida.
Você acha que uma dona de casa não é criativa para cuidar da administração da casa? Que uma mãe não é criativa para conseguir fazer seu filho comer e dormir?
Acredito que a palavra criatividade está muito associada a "arte" no imaginário das pessoas, e não a arte de ter idéias.
Quando falo de criatividade falo do ato de ter ideias muitas das vezes simples, o ato de ser permitir pensar e buscar ideias e de colocá-las em prática.
Será que as pessoas que não se acham "criativas" foram pessoas tolidas na sua vida, na sua infância como belamente o Pequeno Principe cita em seu no livro?
"... Refleti muito então sobre as aventuras da selva, e fiz, com lápis de cor, o meu primeiro desenho.
Mostrei minha obra prima às pessoas grandes e perguntei se o meu desenho lhes fazia medo.
Respondera-me: “Por que é que um chapéu faria medo?”
Meu desenho não representava um chapéu. Representava uma jibóia digerindo um elefante. Desenhei então o interior da jibóia, a fim de que as pessoas grandes pudessem compreender. Elas têm sempre necessidade de explicações.
As pessoas grandes aconselharam-me deixar de lado os desenhos de jibóias abertas ou fechadas, e dedicar-me de preferência à geografia, à história, ao cálculo, à gramática. Foi assim que abandonei, aos seis anos, uma esplêndida carreira de pintor. Eu fora desencorajado pelo insucesso do meu desenho número 1 e do meu desenho número 2. As pessoas grandes não compreendem nada sozinhas, e é cansativo, para as crianças, estar toda hora explicando..."
Mostrei minha obra prima às pessoas grandes e perguntei se o meu desenho lhes fazia medo.
Respondera-me: “Por que é que um chapéu faria medo?”
Meu desenho não representava um chapéu. Representava uma jibóia digerindo um elefante. Desenhei então o interior da jibóia, a fim de que as pessoas grandes pudessem compreender. Elas têm sempre necessidade de explicações.
As pessoas grandes aconselharam-me deixar de lado os desenhos de jibóias abertas ou fechadas, e dedicar-me de preferência à geografia, à história, ao cálculo, à gramática. Foi assim que abandonei, aos seis anos, uma esplêndida carreira de pintor. Eu fora desencorajado pelo insucesso do meu desenho número 1 e do meu desenho número 2. As pessoas grandes não compreendem nada sozinhas, e é cansativo, para as crianças, estar toda hora explicando..."
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